Adriana Candido
Primeiramente, gostaria de agradecer a presença dos que vieram à Casa para a homenagem ao nosso pai, o deputado estadual José de Sousa Candido, aos fieis assessores que o acompanharam nesta jornada de 37 dias, à equipe médica, de enfermagem e de todos os outros envolvidos da Santa Casa de Misericórdia de Suzano, os quais cuidaram de todos os procedimentos com a maior competência, ética e profissionalismo, como também à equipe médica, de enfermagem e demais profissionais envolvidos em seus cuidados no Hospital Sírio Libanês.
Quero agradecer também a todos os que prestaram homenagens, orações e carinho, tanto em seu processo hospitalar quanto em seu funeral. Gostaria também de agradecer aos deputados e todas as lideranças políticas presentes nesta homenagem.
Falar de José Candido é falar de luta, de solidariedade, de fidelidade aos que confiaram nele. É falar da preservação do meio ambiente. É falar de direitos humanos e de proteção aos necessitados. É celebrar a vida. O poder nunca, nunca, nunca foi o alvo deste homem, mas a possibilidade de amparar e garantir efetivamente que os direitos das pessoas prevalecessem. Lutando por justiça para todos, José Candido imprimiu sua marca com sabedoria, equilíbrio, fé, inteligência e sensatez. Jamais almejou o poder. O que queria era ser a voz de um povo que nem sempre tem voz, nem vez. Um povo muitas vezes usado como massa de manobra somente em anos eleitorais e que depois é esquecido. Para Candido, não. Para ele, este povo merece respeito. São eles " os eleitores e eleitoras das urnas do Brasil " que permitiram que ele chegasse até aqui por meio do voto. Todas as pessoas têm direito a moradia digna, salário justo, saúde, educação, lazer, e só podem alcançar tudo isso se houver compromisso por parte dos que foram eleitos. E ele fez muito bem a sua parte. Vaidade, holofotes, caprichos, jamais. O que importava para ele era ver que a justiça e a paz estavam sendo feitas.
A sabedoria deste homem era tamanha que até seus adversários políticos o chamam de mestre, e um legado como o dele, meus caros, jamais poderá ser esquecido. Meu mestre está morto. Mas só o seu corpo, pois sua história, seus ideais, sua luta, isso continua. Não permitamos que os que desejaram sua derrota prevaleçam. Seu nome era Luta e seu sobrenome Justiça. Façamos com que Candido se orgulhe de um dia ter sido deputado mostrando para todos que seus soldados continuam a postos. Que aqueles que o traíram sejam sepultados politicamente, e que os que o amaram verdadeiramente sejam amparados pelo grande amor que ele teve pela humanidade. "Se dez vidas eu tivesse, dez vidas eu daria", era o que dizia.
Portanto, meus caros, figuras como Candido, o marido, o pai, o avô, o amigo, o político, raros podem ser. E por isso, é digno da glória, honra e homenagem. Muito embora, para alguns, ele, negro, pobre, sem estudos, fosse um desaforo, para ele, era um desafio.
Em nome de minha mãe, Laura Lourenço Candido, que por 47 anos teve o privilégio de conviver com esse ser humano ímpar, singular, sempre a seu lado como um ponto de equilíbrio, afeto, segurança, e que soube como ninguém criar seus filhos, biológicos e adotados do coração, ao mesmo tempo em que ele a teve como um presente de Deus, agradeço esta homenagem.
Em nome de meu querido e honrado irmão Marcelo de Sousa Candido, prefeito da cidade de Suzano que, por motivo de cansaço não pode comparecer, em nome de meus queridos e honrados irmãos Alairton, José Márcio, Marcos Antônio, Eduardo e Alberto, em memória, que ficaram cuidando de nossa mãe diante de tanta dor e sofrimento pelos quais ela passou, os amados netos Renata, Pedro, Mario, Clara, Eloisa e Carlos Eduardo, suas noras, seu genro, familiares e sobrinhos, e em meu nome, Adriana de Sousa Candido Salvio, agradeço por tudo e peço que honrem as cadeiras de deputado como ele sempre honrou.
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